21 de mai. de 2011

Ele

Eu sempre me perguntei o que era o amor.
Tudo bem, não sempre, mas pelo menos desde que meu cérebro começou a funcionar de uma forma aceitável.
Segundo os filmes, os livros e as músicas, o amor é um sentimento inigualável, incomparável, inenarrável, impossível de ser compreendido.
Mas se é assim, como a gente vai saber que está amando?
A-HÁ!
Pois é. Eu também não sei.
Mas eu sei que eu sempre quis amar loucamente. Acho que mais pra finalmente entender do que todos os filmes, livros e músicas falam do que para amar propriamente dito.
E sabem o que eu descobri?
Eu já amava. Sempre amei. Todo mundo sempre amou.
Porque o amor não é um sentimento único, que arrebata pessoas tirando o ar dos pulmões fazendo com que elas sonhem acordadas.
O amor é simples.
Eu, por exemplo, amo um shopping.
Amo boliche.
Amo o barril de cerveja da Heineken.
Amo café, até quando é mal-feito.
Mas também amo Dedé, Nathalia, Corpinho, Déa, Fofo, Yuri, Léo e Guila.
Amo até meus pais!
O importante não é a intensidade ou a quantidade de amor que se tem. É como você usa esse amor.
Mesmo se você ama uma coisa estranha, o que importa é que ela faça você sorrir.
Pode ser um bicho de pelúcia, uma pessoa ou simplesmente um chumaço de algodão.




10 de mar. de 2011

Eu vi um passarinho. Mas ele era azul.



O Twitter mudou minha vida.


Enquanto você comenta com o colega do lado o quanto essa frase é clichê, deixa eu explicar melhor.


Antes do Twitter, você andava pelo ambiente desorganizado e muitas vezes hostil da internet para encontrar o que queria, mas não sem antes encontrar milhares de coisas que não queria.


Até aí tudo bem, já que nessa época você provavelmente era um estudante cuja maior preocupação era passar de ano e ver a vizinha trocando de roupa.

Mas quando você vira adulto, as coisas complicam e você não pode mais perder tempo.


Tudo é pra ontem. Tudo é sem prazo.


Tudo é urgente-se-não-Seu-Astolfo-vai-vir-aqui-e-vai-sobrar-pra-todo-mundo.


Enquanto todas as empresas erguiam muros e palavras como sexta-feira e sexagenário eram consideras riscos atômicos para o bem-estar da rede ultra-veloz da companhia, chegou o Twitter.


Tudo bem, se você segue o o primo da sua namorada que insiste em falar do novo cd do Restart, o Twitter é chato. Muito chato. Mais chato que o Jâstên.


Mas se você segue aquele cara que fala um monte de coisas espertas que você pode usar para impressionar seu chefe, aí a coisa muda de figura, né?


Ah, sim, como foi que ele mudou minha vida. Certo.


Você sabe como é ter todo o conhecimento do mundo a um clique de distância?


É, nem eu.


Nem o cara que criou essa frase, que hoje deve estar socado no departamento de inovações de uma Dunder Mifflin da vida.


O que eu sei é que no Twitter eu posso escolher que tipo de informações vão chegar na minha tela de LCD.

Eu nem preciso pedir. Elas simplesmente aparecem.


Calma, calma. Não é feitiçaria. É tecnologia.


Com o Twitter, você pode seguir só quem interessa, quem oferece um conteúdo relevante e verdadeiro.

As vezes engraçado.

Mas cuidado com o stand-up comedy virtual.

É pior que sacolé de cicuta.


Com esse passarinho que já virou celebridade, ao invés de passar muito tempo tentando andar na Mumbai cibernética, você pode encontrar tudo que interessa rapidinho.


Aí sobra mais tempo para o que realmente importa na vida: ver sua vizinha trocando de roupa.